Conjuntivite: novo surto?

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Conjuntivite: novo surto?

 

Com as altas temperaturas neste verão/outono de 2018, aliadas a chuvas pesadas frequentes e elevada umidade do ar, voltou a ocorrer um alto índice de casos de conjuntivite na população da cidade.


O lhos vermelhos, pálpebras inchadas, intenso lacrimejamento, fotofobia (sensibilidade à luz), às vezes presença de secreção purulenta são os sinais mais comuns de comprometimento da conjuntiva (mucosa que reveste o globo ocular). Se não houver nenhuma outra complicação associada a conjuntivite, este é um quadro infeccioso ocular (correspondendo a um estado gripal) que segue um curso entre 7 a 10 dias de processo inflamatório até remissão total do quadro.

É importante este paciente se manter isolado de parentes, amigos e colegas de trabalho, pois o contágio será quase inevitável se fizer contatos pessoais com outros indivíduos com alguma baixa de imunidade.

É importante lavar bem os olhos com água fria, filtrada ou soro fisiológico e usar os medicamentos sob a forma de colírios prescritos pelo oftalmologista. Nas conjuntivites bacterianas ou virais não se deve usar remédios a base de corticóide, pelo menos na fase aguda da doença.

É bom salientar que a automedicação pode representar um perigo, pois olhos vermelhos, com lacrimejamento, fotofobia, edema palpebral, podem representar sinais de outras doenças como ceratoconjuntivite, blefarite, glaucoma, celulite orbitária etc.

Se for usuário de lentes de contato, deve removê-las de imediato caso sinta incômodo nos olhos, como coceira, ardência e guardá-las em estojo contendo solução bactericida e só voltar a usá-las após o oftalmologista constatar que os olhos se encontrem perfeitamente aptos a recebê-las.

No dia-a-dia é fundamental manter as mãos sempre muito bem lavadas, com água e sabão. Não falar muito próximo de pessoas suspeitas de estarem com conjuntivite. Não compartilhar toalhas de banho, de rosto, trocando diàriamente as fronhas de travesseiro se estiver acometido de conjuntivite. Tanto quanto possível evitar ambientes fechados, em meio a multidões. Usar colírios apenas por usar, não é o mais indicado, pois a lágrima é o melhor colírio (natural !) que dispomos. E quanto menos adulterar sua formulação, melhor!


Dr. Miguel Padilha
Dr. Miguel Padilha
Membro Titular do Conselho Brasileiro de Oftalmologia